terça-feira, 20 de março de 2012

Acompanhamento nutricional Encontrei esta matéria muito boa e coloquei aqui no blog para não perdê-la de vista e também para outras pessoas que vão operar possam lê-la. O objetivo do acompanhamento nutricional é buscar o bem estar físico e emocional, através da seleção dos alimentos que contenham os nutrientes mais saudáveis e que estejam adequados às necessidades de cada indivíduo para que a rápida perda de peso não leve à desnutrição. Pode-se dividir o cuidado com a alimentação em cinco fases após a cirurgia: Primeira fase – fase da alimentação líquida: esta fase compreende as duas primeiras semanas após a cirurgia e caracteriza-se como uma fase de adaptação. A alimentação é liquida e constituída de pequenos volumes (em torno de 50 ml por refeição) e tem como principal objetivo o repouso gástrico, a adaptação aos pequenos volumes e a hidratação. São ingerido apenas líquidos não calóricos, se preferir, o paciente pode adoçá-los com adoçantes dietéticos. O uso de alimentos calóricos (sundaes, milk shakes, leite condensado e sorvetes) pode causar diarréia, tontura e queda de pressão arterial, além de prejudicar a perda de peso. Deve-se tomar pelo menos dois litros de líquidos por dia em pequenos goles (20 em 20 ml – meia xícara de café, a cada cinco minutos), incluindo caldos salgados ralos e coados (carne magra, frango sem pele, peixe e legumes), evitando acrescentar amiláceos (arroz, batata, macarrão, mandioca). Gelatinas dietéticas, refrescos diluídos, água de côco, bebidas isotônicas, leite desnatado, iogurte natural desnatado batido com leite desnatado e/ou frutas e coado, chá quentes ou gelados, são opções da dieta líquida que também evita a desidratação e a formação de cálculos renais. Bebida alcoólicas e refrigerantes devem ser evitados. O uso de suplementos nutricionais se faz necessário para evitar carências de vitaminas e minerais, visto que nesta fase ocorre uma rápida perda de peso (dieta líquida restrita). A orientação nutricional deverá ser iniciada ainda no hospital, antes da alta hospitalar. Segunda fase – fase da evolução de consistência: de acordo com a tolerância e as necessidades individuais, a alimentação vai evoluindo de líquida para pastosa com a introdução de preparações liquidificadas, cremes e papinhas ralas. A evolução de cada paciente é variável de forma que a escolha de cada alimento deve ser acompanhada cuidadosamente para evitar desconforto digestivo como dor, náuseas e vômitos, esta fase tem um tempo de duração diferente para cada indivíduo, porém, em média, dura em torno de duas semanas. Terceira fase – fase da seleção qualitativa e mastigação exaustiva: passado o primeiro mês após a cirurgia, inicia-se uma fase onde a seleção dos alimentos é de fundamental importância, pois, considerando que as quantidades ingeridas diariamente continuam muito pequenas, deve-se dar preferência aos alimentos mais nutritivos escolhendo fontes diárias de ferro, cálcio e vitaminas. O paciente deverá receber um treinamento para reconhecer quais são os alimentos mais ricos nestes nutrientes de forma a ficar mais independente para escolher as principais fontes de minerais e vitaminas encontradas nas suas refeições diárias. Como a alimentação passa a ser mais consistente deve-se mastigar exaustivamente. A duração desta fase também varia individualmente e dura em média um mês. Neste momento a dieta sólida será liberada, mas o paciente deverá seguir todas as orientações que receber, pois chegou a hora de fazer a sua parte para que o resultado tão esperado da cirurgia seja alcançado sem danos a sua saúde. O 1º passo é mastigar muito bem os alimentos, cortá-los em mini-pedaços e aguardar entre meio a um minuto para a próxima garfada. O paciente deve levar de 30 a 40 minutos por refeição, evitando assim, o desconforto, a sensação de “estufamento”, náuseas e vômitos. Os líquidos no almoço e no jantar devem ser evitados nos primeiros meses, para não se correr o risco de ingerir mais líquido e menos sólido. É fundamental realizar 5 a 6 refeições por dia. Priorizar as proteínas na alimentação: carne, leite, queijos, ovos, iogurte, pois estes alimentos vão impedir que o cabelo caia, a unha fique fraca e o paciente fique anêmico. No início, deve-se colocar 4 a 5 colheres de sopa de comida no prato, sendo que se deve colocar mais carne e consumi-la primeiro do que qualquer outro alimento. Deve-se preferir a carne moída ou na panela de pressão para facilitar o processo de aprendizagem da mastigação. Os doces devem ser evitados, porém quando for consumi-los, deve-se consumir depois do almoço ou depois do jantar. Porém grandes concentrações de açúcar causam Dumping. Quarta fase – fase da otimização da dieta: nesta fase a alimentação vai evoluindo gradativamente para uma consistência cada vez mais próxima do ideal para uma nutrição satisfatória. Geralmente, esta fase ocorre a partir do terceiro mês após a cirurgia quando, quase todos os alimentos começam a ser introduzidos na alimentação diária. O cuidado com a escolha dos alimentos nutritivos deve continuar, pois, as quantidades ingeridas diariamente continuam pequenas. Nesta fase o paciente pode ser capaz de selecionar os alimentos que lhe tragam mais conforto, satisfação e qualidade nutricional. Somente não são tolerados alimentos muito fibrosos e consistentes. Quinta fase – fase da adaptação final e independência alimentar: esta fase deve acompanhar o paciente a partir do quarto mês e , como nas fases anteriores, também evolui de acordo com as características individuais. A partir desta fase, um acompanhamento periódico faz-se necessário somente para o acompanhamento da evolução de peso e levantamento de informações para identificar se existem carências nutricionais como, por exemplo, a anemia. O paciente já tem bastante segurança na escolha dos alimentos e está apto a compreender quais são os alimentos ricos em proteínas, glicídios e lipídios, cálcio, ferro, vitamina A, vitamina C, folatos além de outras propriedades nutricionais. Entre cinco a quinze anos após a cirurgia, o paciente pode vir a apresentar reganho de peso, de aproximadamente 15%, ou seja, longe de atingir o seu peso pré-operatório. Fonte: www.nutrociencia.com.br

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